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Entidades do setor empresarial apresentam propostas ao governador

Entidades representativas do comércio de Mato Grosso se reuniram na tarde desta terça-feira (18.06), com o governador Mauro Mendes, no Palácio Paiaguás, e apresentaram algumas soluções e propostas de expansão econômica do Estado, sem aumento de carga tributária. Participaram da pauta positiva representantes da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Mato Grosso (Facmat), da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC) e da Associação Mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores (AMAD), além do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco.

O presidente da Facmat e da ACC, Jonas Alves, presente na reunião, destacou que as entidades buscam alternativas para que o estado aumente a arrecadação, sem, entretanto, aumentar as alíquotas de alguns impostos e, principalmente, os custos do setor. “Sugerimos ao governador maneiras de fazer com que se aumente a base da arrecadação para que ele possa fomentar o volume de recursos que entram no Estado, sem mudar as condições que hoje são praticadas”, explicou. 

Segundo Alves, o setor busca o aumento do consumo pelo cidadão e para isso é preciso mais geração de emprego e renda. “Estamos pedindo ao governo que se sensibilize e não aumente os impostos, porque não cabe mais no bolso do empresariado, no bolso da população, pagar imposto maior do que já se está pagando. Queremos que aumente o consumo e que as empresas consigam gerar mais emprego e renda para que haja o equilíbrio que a sociedade tanto deseja”, enfatizou o presidente da Facmat e da ACC. 

O estudo apresentado pelas entidades mostra que Mato Grosso é um dos maiores mercados consumidores de defensivos agrícolas, na sua maioria importados de outros Estados, gerando riqueza em outras unidades da federação, deixando de agregar valor à economia local. A proposta é que Mato Grosso importe esses produtos via Porto Seco e faça o processamento aqui, aumentando a arrecadação. 

O documento também aborda outras propostas em relação às micro e pequenas empresas, que possuem limite de faturamento de R$ 3,6 milhões/ano; à reinserção dos incentivos fiscais e ao setor atacadista que é “invadido” por atacados de outros estados que recebem incentivos fiscais e acabam prejudicando empresas mato-grossenses. 

“Aproveitamos para fazer um comparativo com leis tributárias de estados vizinhos e dizer que o setor atacadista pode ajudar a ampliar a arrecadação, seja fazendo alguma alteração na pauta de bebidas ou na venda para outros estados. Se o governo estipular uma alíquota que deve começar gradativa, nós podemos contribuir com o aumento dessas receitas com vendas para fora de Mato Grosso”, comentou o presidente da AMAD, João Carlos Sborchia. 

Segundo ele, a reunião foi bastante produtiva e o governador ficou de analisar as propostas com atenção, juntamente com a sua equipe técnica, conforme prometeu na reunião.