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23/08/2017

Atacadista se beneficia da alta busca por crédito

A procura por crédito dos varejistas junto ao atacado cresceu 5,5% no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia, a demanda geral das empresas por crédito caiu 4,5% no primeiro semestre de 2017, em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Na comparação do ano de 2016 com 2015, o setor atacadista enfrentou o recuo de 13,8% da demanda, representada pela procura de crédito feita pelo varejista brasileiro. Os dados foram apresentados com exclusividade na ABAD 2017 SÃO PAULO.  
 
Entre as regiões do país, a Centro-Oeste foi a que mais evidenciou essa retomada, com crescimento de 27,4% no primeiro semestre de 2017, em relação ao primeiro semestre de 2016. Na comparação 2016 com 2015 registrou-se retração de 1,9% naquela região. No Sul o aumento da demanda foi de 11,1% no primeiro semestre de 2017. A região havia apresentado desempenho negativo de 13,6% em 2016.
 
O Sudeste, responsável por metade da demanda por crédito dos varejistas junto ao atacado, também avançou 1,5% no primeiro semestre de 2017 sobre o mesmo período do ano anterior. Entre os anos de 2015 e 2016, a demanda por crédito na região foi 15,6% negativa.
 
No Nordeste, o aumento ficou em 1,4% na comparação semestral 2016/2017. Já na comparação 2015/2016, a demanda por crédito havia ficado no vermelho, em 16,1%. A região Norte foi a única que manteve o desempenho negativo no primeiro semestre de 2017, com 4,8% de retração. Entre 2015 e 2016 a queda ficou em 8,8%.
 
Estados
Os Estados de Goiás (48,6%) e Mato Grosso (31,6%) apresentaram as maiores expansões na demanda por crédito no primeiro semestre de 2017. Já na contramão da recuperação da demanda nacional, os estados de Rondônia (-39,0%), Amapá (-36,2%), Maranhão (-23,4%), Acre (-19,0%), Piauí (-18,9%), Minas Gerais (-8,9%), Pernambuco (-8,6%) e Amazonas (-0,2%) retrocederam na busca por crédito nos primeiros seis meses deste ano.
 
Cenário mais otimista
Com a queda da inflação, gerando maior poder de compra dos consumidores de baixa renda, o varejo reativou sua demanda junto a seus fornecedores e, consequentemente, possibilitou o pagamento de dívidas em atraso. A inadimplência varejista recuou 7,2% entre janeiro e junho de 2017 em relação a igual período do ano passado. A queda foi mais expressiva que o recuo da inadimplência da economia em geral, de 6,4%. Em relação às regiões, a inadimplência do varejo registrou queda no período em todas: -5,3% no Sudeste, -11,2% no Sul, -10,3% no Nordeste, -1,1% no Norte e – 10,8% no Centro-Oeste.
 
Risco de inadimplência do atacado
Mesmo com a recuperação da atividade, o cenário de inadimplência e risco de não pagar as contas em dia continua crítico para os atacadistas. O percentual de empresas do atacado inadimplentes subiu de 14,3%, em junho/2016, para 19,2% em junho/2017. Os atacadistas com alta probabilidade de inadimplência nos próximos seis meses representavam 27,2% em junho de 2016 e passou para 26,7% em junho de 2017. Veja abaixo a tabela completa com percentuais de todos os grupos.

Situação do risco nas regiões
A região Centro-Oeste concentra o maior crescimento interanual no grupo de empresas atacadistas em situação de inadimplência, com alta de 6,4 p.p. na comparação de junho 2016 x junho 2017. Em seguida, está o Nordeste, com evolução de 6,0% no mesmo grupo. Depois, aparecem a Norte, que subiu 5,6%, e a Sudeste e Sul, ambas com crescimento de 4,7%.
 
Para mais informações, visite o site www.serasaexperian.com.br
 
*Com informações da assessoria de imprensa da Serasa

Fonte: Assessoria ABAD